5 PASSOS PARA FUGIR DA APATIA. Depois de alguns meses mais estáticos, dedicados a alguma introspeção e reflexão, é fácil cair numa situação de estagnação. São muitos os inputs que chegam do mundo exterior e nem sempre estamos devidamente vacinados contra eles. Medo, crise, insegurança, pessoas confusas e desesperadas, falta de esperança, etc. O cenário é negro, por mais que tentemos encontrar o lado positivo das coisas. Como qualquer comum dos mortais, acabei por me deixar influenciar pelo inconsciente coletivo que, convenhamos, não é dos melhores disponíveis no catálogo do universo, neste momento.
Qualquer pessoa que não esteja bem centrada e focada, facilmente se deixa arrastar por esta força invisível que nos puxa para baixo e, nos faz ver apenas o lado negro da realidade.
A tentar resgatar a esperança em mim e na humanidade, fui “chamada” a ler o livro do Robin Sharma – “O santo, o surfista e a executiva”, uma história bem escrita e com certeza inspiradora, foi a única leitura capaz de realizar no passado mês, devido à sobrecarga emocional no meu sistema mental.
O livro, apesar de bom e aconselhável, nada de novo me trouxe. O que ganhei com o mesmo foi o relembrar de uma série de ensinamentos que já tinha aplicado com sucesso na minha vida, e agora estavam submersos nessa negra e densa névoa que a todos nos envolve diariamente. Nestes momentos menos plenos de recursos internos, ter alguém, um curso ou um livro que nos faça despertar da apatia e desesperança, e nos relembre como se faz para acreditar e ganhar força interior, valem ouro.
Partilho com vocês 5 dos passos que o autor apresenta para manifestar os desejos do coração.
Primeiro passo – expressa uma visão
Antes de poderes revindicar o que desejas na vida, tens de nomear os teus desejos. Quanto mais clareza e definição conseguires dar ao objetivo que visualizaste na tua imaginação, maior será a possibilidade de ele se materializar no mundo exterior. Tens de definir os teus objetivos, pois não passam de intenções e as tuas intenções determinam a realidade que crias. Coloca essa visão no papel. Associar palavras visualmente aos teus desejos enche-os com um sopro de vida.
Segundo passo – desenvolve a tua estratégia
Tens de aprender a ser estratégico na tua vida. Pensa sempre em como será a tua melhor vida e no que queres para o teu futuro ideal. Depois, reduz essa visão a uma estratégia que te permita executa-la. A tua estratégia é, no fundo, um plano de ação para colmatares a lacuna entre a visão e os resultados. É a tua fórmula vencedora para estabeleceres a ponte entre os teus sonhos e os teus atos. Um grande sonho dividido em segmentos exequíveis é muito mais fácil de concretizar.
Terceiro passo – redige um autocontrato
Faz um acordo contigo mesmo sobre o que planeias fazer e quando. Imprime-o e põe um carimbo, para que pareça uma coisa oficial. Assina-o para dar um ar legítimo, exatamente como se fosse um grande contrato de negócios. Este procedimento cria uma estrutura fundamental de autorresponsabilização. Sem responsabilidade é fácil fugires ao teu compromisso de tornar real o teu sonho. Sem uma estrutura que assegure a tua responsabilidade de cumprir as promessas que fizeste em torno desse desejo, é fácil dares o dito pelo não dito. Quando mais tempo passar depois de teres determinado um objetivo, menos provável é que o concretizes na realidade. O sonho acaba por morrer prematuramente.
Quarto passo – mede os resultados
Quer nos negócios, quer na vida pessoal, tudo o que não é medido nunca será dominado. Todos os dias ao fim do teu dia, dispõe de 15 min para medir a maneira como viveste durante esse dia e compara-la com a visão que determinaste para ti. Ao fazer este simples exercício tornas-te profundamente consciente do que está ou não a resultar. Fazendo este ritual noturno, cada dia será melhor do que o anterior. Se medires o que estás a fazer em função dos teus objetivos, as correções de rumo que fizeres, para chegares à tua melhor vida, levar-te-ão ao teu destino num abrir e fechar de olhos.
Quinto passo – execução, entra em ação
Para que todo este processo funcione, tens de lembrar-te de que o sucesso reside na execução. A razão pela qual muitos projetos fracassam é por serem débeis na sua capacidade de execução. Não se cria uma disciplina para concretizar o trabalho. Podes ter uma estratégia brilhante, mas se falhares na implementação da estratégia de nada vale. Empenha-te em concentrar-te no que é essencial, naquelas atividades que te vão levar onde planeaste chegar.
“Percebi que o sucesso na vida se reduz a um equilíbrio. Viver no mistério sem ser prático, e sem tomar medidas para planear e depois concretizar os sonhos, não passa de uma «apatia espiritual» e de uma espécie de fuga. E, no entanto, passar os dias a planear, organizar e concentrar não passa de uma tentativa de controlar tudo. Trabalhar e viver dessa maneira não deixa espaço para as possibilidades que a vida tem para nos oferecer.”
Cristina Gonçalves
Olá Cristina,
Vim aqui parar, obviamente não por acaso, mas porque estou na fase do arranque, outra vez , e como tal o Universo assim o quis. Curiosamente, tal como refere inicialmente a propósito do livro que leu, também no meu caso estas ideias não são igualmente novidade para mim. Ainda assim, pela oportunidade, prestam-se novamente a alguma reflexão.
No que respeita ao que escreveu, achei o artigo muito bem escrito, não só no português empregue, como na clareza e e sinceridade, não perdendo de vista a objectividade e as metas do mesmo. Gostei particularmente da introdução e da conclusão, esta última em jeito de moral da história.
Também termino em jeito semelhante, citando Agostinho da Silva, embora não com as palavras exactas, as quais já não recordo… “Não faças demasiados planos para a vida para não estragares os planos que a vida tem para ti…”
É outra forma de dizer o mesmo, penso, e de que deve haver um compromisso entre o curto e o medio/longo prazo, com uma atenção não fanática pelo evoluir da vida, suas fases, ritmos, mantendo os ouvidos atentos às necessidades da alma e portanto da individuação… que se trata de tornar-se único e realizar o seu potencial e contributo único.
Bem haja
Luis Afonso
8/11/2013
Caro Luis,
Grata pelas palavras de apoio, é sempre reconfortante saber que o que escrevo não me ajuda a refletir apenas a mim mesma, mas também aos outros :-).
Grata também pela contribuição extra que enriquece claramente o que já tinha sido escrito.
Bem haja
Cristina Gonçalves
Mais uma vez, acertas em cheio! Obrigada Cristina! Também a mim não trouxe nada de novo porém, me fez relembrar que existem alguns passos que estou a “saltar” e esquecer. Serviu como um “desperatdor” a lembrar-me do que realmente preciso lembrar e mais ainda “integrar” no meu dia a dia. Afinal, de que serve o conhecimento adquirido se não colocado em prática? Só para nos causar confusão e dúvidas não é?
Beijinhos.
Feliz Natal e um Ano novo repletíssimo de boas energias!
Olá Cristina, uma vez mais…
Esqueci de mencionar que, em minha opinião, o quarto passo aqui descrito, deverá ter sido confundido com o quinto e último. Pois, como parece lógico, não se podem medir os resultados obtidos sem antes entrar em acção… mas valeu, em todo o caso.
Abracinho!