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Depressão como sinal de desconexão de alma.

caraNotícia: “Os Portugueses tomam cada vez mais antidepressivos”

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2014-02-21-portugueses-tomam-cada-vez-mais-antidepressivos

Está notícia que não mostra uma situação nova, mas que de alguma forma se tem vindo a agravar é claramente preocupante. Na notícia referem o perigo da habituação e dependência de fármacos para resolver algo que consideram uma “epidemia”. Mas epidemia de que? Ansiedade, preocupação, medo, tristeza… são todos sinais de uma crise de identidade.

O ser humano está a chegar a uma fase de desconexão tal com a sua verdadeira essência e poder pessoal, que só lhe resta recorrer às drogas ou suicídio, pois viver desta forma se tornou deverás insuportável.

Mas do que estamos realmente a falar?

Para mim é claramente uma identificação excessiva com as questões materiais e terrenas, e uma alienação da vertente espiritual e sagrada que existe em cada ser humano. Quando desconhecemos que somos mais que um corpo, que estamos na vida para fazer mais do que trabalhar, procriar, comer e divertir-nos, mais cedo ou mais tarde a vida como a conhecemos perde o sentido.

Esta perda de sentido que leva ao vazio interno e muitas vezes ao desespero, tem sido potenciada pela tão falada “crise” externa. A maioria das pessoas já não pode levar as vidas que dantes levavam e, que muitas vezes utilizavam como pontos de fuga para não sentir esse vazio interno. Compras (consumo de vários bens materiais), noitadas, copos, viagens, sexo, etc serviam para distrair-nos e fazer-nos acreditar que estávamos a viver uma boa vida.

Com a diminuição de ordenados e em muitos casos a perda de emprego, todos nós, direta ou indiretamente, fomos obrigados a conter-nos mais e a virar-nos para dentro. Esta mudança de perceção de fora para dentro, fez-nos ver o que dantes lutávamos para não ver. Os padrões de comportamento, emoções, e situações mal resolvidas que com tanto esforço tentamos esconder. Tudo está a vir ao de cima, para ser olhado, curado e transmutado.

Quem não consegue perceber este processo, sente-se frequentemente sem recursos internos para lidar com uma situação que muitas vezes se apresenta avassaladora. É nesses casos que procuram ajuda de recursos externos: antidepressivos e ansiolíticos, na esperança cega de resolver todos os seus problemas, não percebendo que dessa forma irão camuflar mais os sintomas, continuar a sentir-se sem rumo e gastar o resto do dinheiro que possa sobrar e que poderia ser utilizado para comprar um bom livro de autoajuda, assistir a um curso ou fazer terapia.

Quando somos capazes de reconectar com essa parte divina e sábia que existe em cada um de nós, somos capazes de entender os processos que atravessamos e o que devemos aprender, curar, resolver e transmutar com eles. As coisas muitas vezes não se tornam mais fáceis, mas sentimo-nos com mais poder para as encarar e resolver. Decidimos não entregar o nosso poder pessoal a um comprimido, afastando-nos assim da nossa responsabilidade para criar a vida que queremos. Decidimos que é cada um de nós quem tem o poder de mudar a sua vida para melhor. Muitas vezes precisaremos de ajuda externa, mas essa ajuda será para nos “empoderar” e não para nos tornar viciados e dependentes de algo ou alguém.

RECORDA QUEM ÉS! VIVE A TUA VERDADE! SÊ TU MESMO!

Cristina Gonçalves

 

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