DEIXA MORRER O VELHO PARA NASÇA O NOVO.
Apresento-vos a minha planta mestre. Já escrevi outros artigos onde utilizei a sabedoria desta planta para transmitir mensagens poderosas. Ela está comigo desde 2015 quando me foi oferecida em bolbo no dia do meu aniversário, pelo que não sabia como seria nem o que esperar dela. Rapidamente percebi que era uma planta fora do comum, pois normalmente nunca tinha mais do que duas folhas caídas. Um pouco sem graça confesso, mas com uma vida cíclica incrível…. está sempre diferente e nunca sei o que virá a seguir.
Há um ano que mudei de casa para um espaço mais expansivo. Desde que aqui chegou a minha planta mestre passou a ter sempre mais do que duas folhas. Foi incrível, como se tivesse sentido a energia de expansão e ela própria floresceu mais.
Recentemente reparei que está a nascer um rebento diferente e muito mais forte que as outras folhas na base, curiosa com o que aí vem… e também que conforme os rebentos novos começam a surgir as folhas que já lá estavam há mais tempo começam a amarelecer para depois cair.
Estando eu atravessar um grande processo de transformação interior no qual estou a ser obrigada a deixar ir a minha velha identidade limitada para dar lugar a um NOVO EU mais brilhante, abundante, confiante e expansivo, não deixei de achar curioso como a minha planta atravessa calmamente o mesmo processo.
As novas folhas já estão a nascer mas o seu crescimento ainda não está finalizado. As velhas folhas já não fazem sentido nesse novo sistema e começam lentamente a morrer para sair de cenário. Já cumpriram o seu propósito, já tiveram o seu tempo. Agora é o tempo de folhas frescas e novas, mais alinhadas com a energia em crescimento da própria planta.
E Assim somos nós. Quando nos propomos a mudar para melhor, a crescer, a evoluir, uma parte de nós relacionada ao Eu antigo terá que morrer para dar lugar a um novo Eu. A morte pode ser abrupta ou gradual, mas será sempre uma “morte”. Poderá fazer-nos sentir tristes, inseguros, confusos. Já não saberemos poderemos contar com as folhas que conhecíamos tão bem e ainda não sabemos bem como irão crescer as folhas novas nem no que irão tornar-se.
Só há uma coisa impossível de fazer: parar este ciclo natural de morte e renascimento. Não poderemos colar as folhas amarelas, nem impedir o crescimento das novas, apenas aceitar e facilitar o processo confiando que tudo acontece segundo uma ordem natural.
No final só nos restará apreciar o resultado final: O nascimento de algo novo e muito mais forte, alinhado com a nossa essência. Para isso, só temos que tirar as folhas velhas do caminho…
Cristina Gonçalves – Life Coach, Terapeuta, Autora e Facilitadora